A fascinante terra nipônica faz parte do imaginário de muita gente pelos mais variados motivos.
Uns pensam em tecnologia, outros em samurais e katanas, já outros como eu, desenhos.
Desenho, não, é anime, como diriam os otakus.
Mas não dá no mesmo?
Anime e desenho japonês é a mesma coisa, ué!
E como eu adoro ser chato, eu sempre chamo de desenho mesmo, só para dar aquele trigger em otaku.
Pois bem.
Como toda criança de 80 e 90, eu tive o imenso prazer de ver o início dos animes aqui no Brasil.
Bate até uma saudade da extinta rede Manchete.
Os finais de tarde nunca foram tão bons quanto naquela época.
Foi uma agradável confluência de fatores.
Era a época certa (éramos adolescentes), com os desenhos certos, no meio do mercado certo.
Romantismos à parte
foi uma questão puramente comercial
Eu nunca fui atrás dos nomes por trás da brilhante ideia, mas trazer os animes para o Brasil foi simplesmente genial.
Não tinha absolutamente nada de tão interessante assim passando na TV nesse horário de fim de tarde.
No máximo, uma Malhação, sei lá.
Os fins de tarde eram uma espécie de interlúdio onde as emissoras meio que enchiam linguiça. Todo mundo estava segurando os melhores pratos para servir no tal do horário nobre.
Afinal de contas, estamos falando do horário mais rentável da TV.
E no meio deste deserto que eram as genéricas programações vespertinas, surge a especificidade e a exclusividade.
Era disso do que se tratava.
Ninguém mais tinha desenho nesse horário, especialmente desenho japonês.
Sucesso
Sucesso impulsionado em uma proporção sem precedentes. Nunca mais o Brasil deixou de se ligar de alguma forma com os animes.
Já naquela época começaram a circular as HQs nipônicas, chamadas de mangá. Aquele gibi estranho que se lia de trás para frente.
Eram os negócios se desdobrando.
E por falar em HQ japonesa, nem só de mangá viveram as bancas de jornal, mas de editoras corajosas o bastante para cobrir este universo.
Que saudade da Heróis.
Ler aquela revista era quase como comer a cereja de um bolo. A gente via o anime na TV e lia as matérias paralelas nas bancas.
Era um simples entretenimento juvenil se transformando em um universo inteiro.
Como estão as coisas hoje?
A fatia de Tokyo que a gente comia se transformou numa pizza inteira.
O mercado de Arte nipônica hoje movimenta um bom cascalho aqui no Brasil.
Pelas bandas de cá, temos um mercado bem consolidado, ainda que menor. Temos até eventos e shows, o que mostra a maturidade do mercado.
Quando o público está disposto a desembolsar cascalho para algo temporário, fique alerta. Boas oportunidades de negócio estão no horizonte.
Vou finalizar fazendo uma menção honrosa para a banda Yuyu20, encabeçada pelo carismático vocalista Luigi Carneiro.
Esses dias rolou um evento com eles, Ricardo Cruz, Graça Cunha (vocalista do Shurato) entre outros.
Aliás, o próprio Ricardo Cruz é um dos maiores nomes desse mercado. O que esse cara produz não é brincadeira.
Enfim, fica a inspiração: nem sempre criar algo do zero é a resposta. Trazer outra cultura como um mercado pode ser uma grande ideia.
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