Produto Arte # 13 Histórias Jogáveis

A indústria do cinema ser ultrapassada pela indústria dos jogos não é um evento ligado aos números, aos hábitos e aos gostos nem nada disso isoladamente.

Ao longo dos meus quase 40 carnavais, eu pude presenciar a evolução dos jogos de videogame.

Eles eram simples ferramentas de entretenimento e se tornaram um objeto de fascínio e admiração.

Apesar dos números brutos (preço e público), da facilidade de acesso (jogar em casa Vs. ir ao cinema) e dos múltiplos públicos que os jogos atingem em relação ao cinema, o real motivo dessa avassaladora vantagem não reside em nada mensurável.

Eu não sou fã de falar em números, mas aqui vai o dado geral só para você ter uma ideia do que estou falando.

No ano de 2024, foram 24Bi da indústria do cinema (e afins) contra surreais 187Bi da indústria dos jogos.

Mas o que a indústria dos jogos tem que a indústria do cinema não tem?

Tá certo que estou praticamente comparando bananas com tomates, mas a discrepância absurda dos números não deixa nenhuma dúvida de que tem muito mais por trás dela do que um simples dado bruto.

Vamos então deixar de lado os joguinhos mais bocós, os tigrinhos, puzzles e baralhos.

Quero que você preste atenção somente nos títulos que chamamos de triple AAA. São os jogos mais bem produzidos, badalados, hypados e bem-sucedidos. Tudo neles visa a excelência: gráficos, jogabilidade (mecânica), trilha sonora e sonoplastia e por aí vai.

O que eles têm em comum com a indústria do cinema que é capaz de fazer as pessoas falarem neles por décadas?

Uma boa história.

Mas não uma história qualquer. Uma história que eleva o conceito de imersão a um patamar que a indústria do cinema NUNCA vai conseguir chegar: a participação ativa dos jogadores na história.

É aí que entra em cena o joystick.

Já, já vou falar em alguns títulos, mas o fato é que a possibilidade de participar ativamente da história faz toda a diferença. Como saber o final da história sem vencer os desafios? Não tem como. O jogo tem que ser jogado ou a história nunca será conhecida.

É como mágica.

E veja só como são as coisas, mesmo quem tentar “burlar” o sistema vai ter algum grau de imersão. Hoje em dia é muito fácil achar no SeuTube algum walkthrough onde é possível ver como a história se desenrola sem a frustração da derrota.

Mas ainda assim, alguém teve que jogar e postar, né?

Agora aos títulos, vou mostrar (resumidamente) o quão elaboradas são as histórias por trás de alguns títulos famosos. Nem todos são AAA, mas vai servir para você entender o poder de uma boa história.

O meu jogo-história favorito de todos os tempos é a saga Legacy of Kain, que conta em 5 jogos como um simples humano transformado em vampiro foi responsável pela corrupção de um planeta-reino inteiro, como ele transformou Raziel, um fanático humano caçador de vampiros, em um vampiro (ah! a ironia) e depois em (acidentalmente) devorador de almas e como um falso deus ancestral é o manipulador de tudo isso.

Raziel e Kain descobrem que na verdade existem mundos paralelos e que foram o tempo todo peões na dinâmica destes mundos sob o controle de duas raças anciãs em guerra.

Apesar de passar na mão de vários escritores diferentes, toda a saga é riquíssima em um enredo que se dobra e se desdobra constantemente até um final que infelizmente nunca foi lançado.

E por falar em múltiplos escritores…

É… ele mesmo, World of Warcraft (WoW). Esse título está presente em muitos dos meus emails, sobretudo aqui no Produto Arte.

E não é para menos, esse jogo foi escrito por cerca de 20 escritores ao longo de 10 expansões de um jogo que já “dura” 30 anos (considerando a fase RTS do WoW). É tanta coisa que existem livros e quadrinhos paralelos para complementar a riquíssima história de WoW com cerca de 60 publicações e 30 escritores.

Tá bom de enredo ou quer um pouquinho mais?

Mesmo eu sendo um jogador antigo da franquia (jogo essa bagaça desde 1998), eu não sei toda a história.

Se isso não te impressionar, eu não sei o que mais impressiona.

E para fechar essa lista, a memorável franquia-saga encabeçada por Hideo Kojima que coloca uma treta internacional de nível governamental, guerra e a busca irracional pelo “soldado perfeito”.

O enredo foi tão genialmente concebido que três versões do protagonista (clones) são colocados na história do mitificado Big Boss: Solid Snake, Liquid Snake e Solidus Snake.

Falando assim, parece que não faz sentido, mas faz e muito.

A genialidade de Hideo Kojima consiste em contrastar a sutileza do drama da existência humana com a brutalidade desumana da guerra.

Você ainda tem dúvidas que a indústria do jogos realmente merece estar no patamar em que está?

Pois bem, exemplos dados, vamos ao Insight?

A grande sacada deste delicioso (adorei escrever esse) email é:

Sempre conte

uma boa história.

É ontológico.

Você nasceu e cresceu ouvindo histórias, exatamente como seus antepassados.

E se você gostar de uma boa história pra vender, uma dose diária de Insights vai lhe fazer bem.

Inspiração:

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