Existe um idioma que é falado e muito bem compreendido por 100% dos habitantes da terra, e ele se chama emoção.
E apesar de ser um assunto muito comentado na bolha empreendedora, ainda é pouco desbravado e o motivo é a ausência de uma profundidade maior na parte prática da coisa.
Pois bem!
Hoje é Domingo e Domingo é dia de Produto Arte #. É o dia da semana dedicado a mostrar a Arte como um Produto viável.
E veja só como são as coisas, a Arte é justamente a ferramenta que dá às emoções a possibilidade de um uso publicitário mais natural, isto é, menos forçado.
Já, já vou dar uma refrescada rápida na sua memória e mostrar exemplo de emoção mal inserida no contexto, ou seja, sem colocar aquele quêzinho de Arte que faz a coisa fluir melhor.
Por ora vamos apreciar a viagem, pois nos deparamos com uma fascinante subversão: não é Produto Arte, é a Arte no Produto.
O que é o motivo número 1 pelo qual você deveria considerar encaixar as emoções na comunicação do seu negócio. Isso é extremamente efetivo uma vez que o nosso cérebro consegue interpretar tão bem as emoções que ele é capaz de espelhá-las.
Todas elas, sem exceção.
Isso acontece devido à presença do que a ciência chama de “neurônios espelhos”.
Assim, somos capazes de interpretar em um nível tão íntimo cada emoção humana que até sentimos a emoção como se fôssemos personagens de um livro.
Porém…
Quando a gente fala em emoção, talvez você possa pensar em algo mais dramático como em uma novela, ou em algum storytelling épico. Ou talvez um simples sorriso de uma bela dama em algum cartaz ou outdoor. Isso tudo é até muito válido, mas eu quero que você pense nas emoções focando na parte mais artística.
Por exemplo, você já ouviu um sorriso sendo cantado em uma música?
Se você ainda não teve essa experiência, então vai gostar daquele “ha ha ha” da música Ódio, da banda brazuca Luxúria. Na verdade, na verdade, se trata de um sorriso de deboche cantado.
(se você não conhece a música, recomendo 120% que você ouça)
Não é um sorriso explícito, cada “ha” é cantado em uma nota diferente e todo o empenho artístico colocado ali deixa bem claro do que se trata, mas não explicitamente.
Quando você ouve logo no começo da música, não dá para perceber, mas quando o significado da letra fica mais claro, esse “ha ha ha” ganha o seu sentido.
Percebeu a profundidade da coisa?
Eu vou bater um pouco mais nessa tecla porque sem profundidade a comunicação corre o sério risco de se tornar extremamente bocó.
Como alguns comerciais da década de 80 que eram cheios daquelas caras e bocas e “uau” tão forçados que pareciam quase que esquizofrênicos.
Aquilo era a mais perfeita descrição do tiro saindo pela culatra.
Tudo isso porque ignora-se a Arte como ferramenta básica capaz de fazer a emoção funcionar de maneira mais fluida.
Pois bem, vamos ver isso na prática.
Quando colocar a emoção em foco faz sentido?
A resposta é bem simples: quando houver espaço para fazer a conexão da emoção com o eixo problema-solução que o produto/serviço traz.
E aqui vão alguns exemplos clássicos:
Usar o Medo na segurança infantil.
Usar a Alegria em celebrações.
Usar a Tristeza na saúde mental.
E por aí vai.
Mas isso é bem raso, né?
Então aqui vão alguns exemplos de uso com mais profundidade.
Uma mãe segura a foto de um bebê sorrindo enquanto ela mesma chora de tristeza.
Uma música fúnebre tocando durante uma formatura de jovens.
Um alpinista olha para baixo com desdém após superar corajosamente uma subida extremamente difícil.
Percebeu o truque?
Emoções contrastantes colocadas em um cenário bem definido.
Agora basta conectar com o eixo problema-solução e Voilà!
Temos um belíssimo exemplar de uma peça praticamente pronta.
Perceba como só o peso artístico já comunica um montão de coisas e esse é o grande Insight.
Nunca esqueça que, via de regra, você está sempre competindo pela atenção das pessoas, então colocar uma dose de emoção pode ser um bom caminho para se destacar.
Não é só o sorriso que é universal. Todas as emoções o são.
E a melhor parte é que a mente humana consegue identificar facilmente todas elas, por isso todas têm um potencial imenso de apresentar uma visão mais aprofundada do seu produto, negócio, serviço, valores, etc.
E quanto maior for a profundidade, mais forte será a conexão.
E quanto maior a conexão, mais é você que fica no imaginário do público.
Insights da Arte como um Produto todo Domingo, aqui!
