Sinergia! Taí uma palavra que a gente não vê todo dia nessa bolha do empreendedorismo.
Motoclubes e rock’n’roll fazem uma combinação que extrapola completamente o seu significado, desembocando em um lifestyle peculiar.
Para mim, esse povo que anda para lá e para cá sobre duas rodas são os donos do lifestyle mais fascinante que existe.
E não é para menos.
Aparentemente cabe tudo em um motoclube.
Já vi clubes dedicados a Nossa Senhora, a uma banda específica, pelando saco de clube gringo, formado por ex-presidiários e por aí vai, tem de tudo.
É como se uma aura envolvesse esse grupo, dando a eles um quê de mistério.
E não é à toa que isso virou tema de jogos, séries, livros e etc.
Mergulhando um pouco mais nos dois elementos, é fácil encontrar o ponto de interseção: a subversão.
Esses caras não são diferentes, eles QUEREM ser diferentes.
A subversão vem de várias formas, seja uma revolta, uma crença particular ou a comum necessidade de pertencimento, não importa, ela está sempre presente.
Sempre gritando aos sete ventos EU NÃO SOU SÓ MAIS UM.
Ironicamente, pertencer a um grupo é a carteira de identidade que diferencia cada um.
Até mesmo nas grandes confraternizações, cada “clã” faz questão de ostentar seus símbolos com bandeiras, broches e brasões.
E como se unem, se entendem e falam a mesma língua?
Basta ligar a caixa de som.
Se você escolher a canção certa, vai ver um sem número de motoroqueiros de punhos elevados gritando:
BORN TO BE WILD!
Esse é o refrão-jargão da famosa canção do Steppenwolf, criada em 1968 e imortalizada como hino da cultura motociclista no filme Sem Destino (Easy Rider), exibido em 1969.
A música é uma obra-prima, foi tão bem feita que as guitarras foram escritas para soarem como motores.
Mas isso é um detalhe em meio a tantas outras referências.
Como a rebeldia de Wheels of Fire, da banda Judas Priest, a casualidade de Burn e Highway Star, da lendária banda Deep Purple, que não escrevia especificamente para este nicho mas tem, através do Rock, uma forte conexão com o público.
Como no aclamado Full Throttle, jogaço da LucasArts (sim, outra empresa do diretor George Lucas). Os caras simplesmente ATROPELARAM a trilha sonora colocando UMA BANDA INTEIRA para cumprir este papel.
Infelizmente, The Gone Jackals foi uma banda que não vingou apesar da presença massiva no jogo mundialmente famoso.
Uma pena já que o álbum usado no jogo (Bone to Pick) é uma jóia perdida do Rock.
E por falar em banda com presença massiva, não poderíamos deixar de fora Motorhead, essa banda que talvez seja a maior representante da cultura motociclista.
Mas veja só como são as coisas.
Você percebeu que eu não falei em nenhum momento do lifestyle em si?
Eu deixei as motos de fora, e foquei no Rock por um motivo bem claro (não te confundir).
Porque aquilo que realmente importa NÃO SÃO as pessoas exibindo suas Harley Davidson em pontos turísticos.
O que realmente importa é quem vai SERVIR esse lifestyle todo.
É lá que o cascalho está.
Nunca se esqueça disso.
E toda a vez que um ghuruzão postar foto do carrão em frente da mansão usando roupas caras, esquece, é ilusão.
Volte duas casas e releia este email aqui.
Se não te inspirar profundamente ao menos você se livra de comprar outro curso miraculoso.
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